terça-feira, 20 de maio de 2008

Cinema Internacional

Por Leandro de Araújo (Editoria de Cinema)

Filme referência em 1968, estrelado por Sean Connery e Bridgit Bardot, Shalako foi uma das poucas produções gravadas em inglês pela atriz francesa. O longa-metragem, na época, tido como um filme de vanguarda, rompia com esquemas tradicionais, mostrando que os índios tinham voz e razão, apesar do conflito entre raças e a discriminação enraizada na sociedade. Shalako tem vários elementos do cinema clássico: o foco no personagem principal (tudo gira em torno do próprio sem perder a essência da obra) chama a atenção do espectador, fazendo com que o mesmo se identifique; conflitos que prendem o publico (se não tiver um conflito amarrado há perda de interesse); o humano, visto em sua diversidade; a violência sem limites (crueldade) exposta em várias cenas; etc.

É possível gerar ruptura a partir do que a tradição nos ensina? Shalako, imperdível, é uma vitrine de possibilidades. Produzido e exibido em cinemas do mundo inteiro o longa deveria ser visto com cuidado por cineastas brasileiros que costumam deixar de lado a narrativa em favor de intenções que ficam ocultas. Um roteiro bem trabalhado não garante um filme. É preciso filmar com precisão e transpor as idéias para realidade.

Imagens do filme: Sean Connery e Brigitte Bardot

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