terça-feira, 6 de maio de 2008

Automobilismo

Por Gustavo Pinheiro

Oficialmente este foi o ano de estréia das publicidades em carros de corrida, isto porque muitos pilotos já utilizavam este recurso, mas apenas em corridas esporádicas e apenas em 1968 que o patrocínio realmente apareceu nos bólidos. Foi considerado em termos de marketing essa data, pois foi neste ano que uma empresa patrocinou uma temporada inteira de um campeonato de automobilismo.

A primeira empresa a aproveitar a oportunidade que surgiu com a liberação de patrocínio independente do ramo de atuação pela FISA (atualmente FIA) foi a empresa de cigarros Gunston, com sede na antiga Rodésia, hoje Zimbábue, e com isto abriu o caminho com o patrocínio dos pilotos John Love e Sam Tingle no Campeonato sul-africano de 1968, aberto a carros de F1 e F5000. E não só para os tabagistas. Os carros destes pilotos tiveram as pinturas e logotipos da empresa estampados. Aconteceu no dia 1º de janeiro de 1968, valia pontos tanto para o Mundial como também representava ao mesmo tempo a 1ª etapa do campeonato nacional.

Apesar de não ter ainda a participação de pilotos brasileiros na Fórmula 1 neste período, tal medida foi de extrema importância para abrir um precedente e mudar o conceito de apoio que as empresas davam ao automobilismo. Nesta época talentos tupiniquins como Emerson Fittipaldi, Luiz Pereira Bueno e Ricardo Achcar já tentavam se aventurar na Europa e com essa medida foi possível buscar patrocinadores que os apoiassem nessa jornada. No Brasil, essa medida foi bem recebida, afinal modificou a maneira das empresas enxergarem o esporte e assim surgiram parcerias que alavancariam de vez o esporte no Brasil, que nesta época enfrentava uma crise por falta de apoio à categoria.

Abaixo podemos ver o primeiro carro a levar um patrocínio de verdade:




John Love, num Brabham patrocinado pela Gunston, que inclusive fazia parte do nome da equipe, em cores alaranjadas com uma faixa horizontal marrom e bordas douradas.

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