Foi um momento marcante para o país. Houve passeatas, e em uma delas, dos 100 mil não surtiu nenhum resultado concreto imediato.
segunda-feira, 12 de maio de 2008
Passeata dos 100 mil
Foi um momento marcante para o país. Houve passeatas, e em uma delas, dos 100 mil não surtiu nenhum resultado concreto imediato.
sexta-feira, 9 de maio de 2008
Reações X Ditadura

Em 29 de março, houve um protesto de 50 mil pessoas no centro do Rio.
Em junho, uma multidão calculada em 100 mil pessoas realizou passeata durante mais de sete horas, reunindo mães, padres, estudantes, artistas e intelectuais protestando pela liberdade dos detidos pela polícia, pelo ensino superior gratuito e contra as fundações. Essa manifestação encontra-se narrada, em pormenores, por Zuenir Ventura, no livro 1968, O ano que não terminou, Editora Nova Fronteira, terceira edição, 1988, Rio de Janeiro.
Em 17 de abril, Costa e Silva determinou a transformação de todas as capitais dos estados do Brasil e mais 68 municípios em áreas de segurança nacional, surgindo a abominável figura de governadores e prefeitos biônicos.
Em 2 dois de outubro, estudantes da Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras da Universidade de São Paulo (USP) entram em conflito ideológico com estudantes da Universidade Mackenzie, transformando-se em atos de violência, com muitos feridos. A USP é fechada e transferida para a Cidade Universitária pelos militares. No dia seguinte, o estudante José Guimarães, da USP, é morto no centro de São Paulo. O brigadeiro João Paulo Burnier, chefe de gabinete do ministro Marcio Melo, planejou explodir o gasômetro do Rio de Janeiro, com auxílio do Para-SAR, divisão de elite da Aeronáutica adestrada para salvamento em local de difícil acesso. O capitão-aviador Sergio Miranda de Carvalho negou-se a cumpri-la e ameaçou denunciar Burnier. Sergio foi declarado louco e afastado da Aeronáutica no ano seguinte.
Em 12 de outubro, realizou-se o Trigésimo Congresso da UNE, em Ibiúna, São Paulo. A polícia invadiu a reunião e prendeu 1240 estudantes. Muitos foram feridos, torturados, abusados sexualmente pelos policiais. Parentes e advogados que ousavam protestar eram espancados e humilhados publicamente.
Fonte: Wikipedia/Ventura/Zuenir, 1968, O ano que não terminou.
1968 no mundo

Um momentâneo período de liberdade na Tchecoslováquia
Reprodução Internet/ Blog do Navarro
A tentativa de redemocratização do socialismo na Tchecoslováquia e a conseqüente repressão ficaram conhecidas como a Primavera de Praga. Em busca de emancipação, jovens confrontaram-se contra o poder repressivo. A insatisfação com a centralização do poder econômico e com as restrições à liberdade de expressão, gera protestos estudantis que forçam a saída de Antonín Novotny, um verdadeiro stalinista, da presidência em janeiro de 1968. Seu sucessor Alexander Dubcek, um social democrata, logo ao assumir a chefia do Partido Comunista da Tchecoslováquia, inicia várias reformas, políticas liberais e estimula a parceria econômica com as nações capitalistas do Ocidente. Foi aplicado, desde janeiro até a véspera da invasão russa, novos modelos que condenavam tudo o que tinha sido feito no mundo comunista nos últimos vinte anos que antecederam 1968. Os liberais defendiam a descentralização da economia e o incentivo da produção através de estímulos ao operário, como prêmio em dinheiro e redução das horas de trabalho. Dubcek recebeu apoio dos estudantes, intelectuais e trabalhadores que, influenciados pelos acontecimentos de maio de 68 em Paris, promoveram então manifestações pelas ruas de Praga em nome do “Socialismo com face humana”, algo como uma sociedade democrática que proporcionasse o livre debate e a participação de todos em torno do Partido Comunista.
Alemanha
O movimento estudantil ensejou fortes mobilizações que, centradas em Berlim, atingiram e convulsionaram todos os cantos da Alemanha Federal.
Fontes de pesquisa:
Almanaque Abril 2007-História / Mundo
Revista Espaço Acadêmico nº 82- 3/2008
Veja nº 1-11/09/1968
Enciclopédia Barsa
O revés do Tropicalismo: um olhar mais demorado e com novo foco sobre o movimento que ressurgiu
Se antes tão incompreendido, foi apenas mais recentemente que talvez se possa dizer que o Tropicalismo foi melhor entendido e difundido, principalmente no exterior. É sabido que nossa arte costuma ser reconhecida primeiramente fora do Brasil para só depois lhe ser dado o devido valor aqui, infelizmente. Mas deixemos de lado tais aspectos negativos, pois, tendo isso acontecido com o movimento Tropicalista, o que de fato importa é que ele voltou à tona após sua descoberta tardia por artistas e críticos norte-americanos nos anos 90.
A verdade é que se faz fundamental lembrar que o movimento acabou mas sua estrutura permanece de pé. Ao contrário do passado – quando interpretado muitas vezes de forma errônea e não entendido por completo – apenas agora o Tropicalismo se difunde de forma intensa e homogênea, ganhando espaço em outros lugares do mundo. Digo isso porque, pesquisando a respeito, me ocorreu a idéia de citar uma exposição que aqui tivemos, com sede no MAM, em meados de agosto do ano passado, intitulada Tropicália – Uma Revolução na Cultura Brasileira e à qual tive a oportunidade de assistir. Achei pertinente observar que essa descoberta de um movimento de quase quatro décadas atrás se mostra mais atual que nunca, pois só agora começaram a ser assimilados em âmbito internacional seus conceitos e o quão complexos se revelam, o que prova sua contemporaneidade.
Uma prova da afirmação abordada no primeiro parágrafo é que essa foi a primeira exposição que se dedica à Tropicália como um momento cultural, envolvendo as áreas de arte, cinema, literatura, teatro, moda, música, entre outros. A música, como sempre com extremo destaque em tudo o que diz respeito ao movimento tropicalista, foi rememorada com artigos diversos, desde exemplares de variados LPs até trechos de shows de Gal Costa, Gilberto Gil, Tom Zé, Os Mutantes, Caetano Veloso, etc.
A exposição foi o primeiro passo a possibilitar uma melhor reflexão sobre a projeção internacional dos músicos tropicalistas, através da qual se pôde compreender o que mudou quando a Tropicália começou a ser reconhecida e cultuada no exterior. O ambiente internacional vem percebendo que existe produção de qualidade aqui e essa é uma mudança que vem acontecendo paulatinamente.
quarta-feira, 7 de maio de 2008
As Olimpíadas de 1968 tiveram como protagonista a mulher
Por Fabianne Fernandes (Editoria de Esportes)
Em meios a problemas políticos e adequação de altitude de 2,
E a evolução feminina nos esportes não parou por aí. Um grande momento aconteceu quando a velocista mexicana, especialista nos 400m rasos, Norma Enriqueta Basilio, teve a incumbência de, na cerimônia de abertura dos jogos, levar a tocha olímpica, adentrar o estádio absolutamente lotado e fazer a honra de acender a pira com o fogo olímpico dos jogos de verão. Fato que a colocou na história como sendo a primeira mulher a realizar tal tarefa.
Outro destaque não só dos jogos olímpicos, mas do ano de 1968 nos esportes, foi a atleta Vera Caslavska. Uma ginasta da Tchecoslováquia que simplesmente brilhou e chegou a ser chamada de rainha dos jogos. Devido a problemas políticos em seu país, ela precisou fugir para as montanhas e treinou 3 semanas escondida nas florestas. Manteve a sua preparação se agarrando de árvore em árvore e praticando o exercício de solo em campos desabitados. De ultima hora, foi autorizada pelo governo a voar para o México e conquistou quatro medalhas de ouro e duas de prata. Tornou-se um ícone feminino no mundo todo.
Um novo mecanismo de segurança chamou atenção novamente para as mulheres, a introdução do teste de feminilidade, na comprovação de sexo para as provas femininas. Este novo método assegurou ainda mais o direito de igualdade, a mulher finalmente criou o seu espaço.
Todos esses fatos ficaram marcados na história da emancipação feminina nos esportes, as Olimpíadas de 1968 trouxeram grandes triunfos e a crença de que o sexo feminino iria ainda muito conquistar.
terça-feira, 6 de maio de 2008
Sociedade e Cidadania - palestras e debates sobre 40 anos de 1968
Ciclo idealizado e coordenado por Luiz Carlos Fridman, Professor adjunto do Depto de Sociologia da Universidade Federal Fluminense - UFF e Doutor em Sociologia pelo IUPERJ. 19h. Grátis.
- 14/5 - 68 de Todos os Sonhos - "Sejam razoáveis, peçam o impossível!", estava pichado nas paredes da Sorbonne em maio de 1968. Naqueles dias, tudo parecia possível: derrubar ditaduras e impérios, concretizar sonhos, revoltas, resistências e rebeldias. Que mundo surgiu de tudo aquilo? Com Carlos Vainer, Doutor em Desenvolvimento Econômico e Social pela Université de Paris I - Sorbonne, Professor Titular do Instituto de Pesquisa e Planejamento Urbano e Regional da UFRJ.
- 21/5 - 68 de Todos os Sons - Um panorama de um dos anos mais férteis na música de todo o mundo, da Tropicália, no Brasil, ao psicodelismo do rock, os festivais da canção, aqui, e os primeiros grandes festivais ao ar livre, pelo mundo afora. Um ano em que tudo se polarizou, tudo fermentou, tudo mudou para sempre. Com Ana Maria Bahiana, jornalista e escritora.
- 28/5 - 68 e as Mutações na Arte - A reorganização geral das artes visuais não mais como encadeamento de ismos ou campos autônomos. No endurecimento da ditadura militar, a politização da arte se dá em seus próprios termos, numa reafirmação de sua esfera de liberdade e de poder crítico. Com Glória Ferreira, Doutora em História da Arte pela Sorbonne, crítica de arte e curadora independente.
Automobilismo
